Sequência
2014, 1:36, vários formatos analógicos, colorido Dir. Sol Bellusci
Reutilização de celulóide encontrado. Intervenções plásticas e analógicas com materiais translúcidos intermediando entre a projeção e o dispositivo construído. Captura e edição digital subvertendo a continuidade e apontando para as possibilidades de reutilizar expressivamente o material fílmico.
Iemanjá
2020, 5:43, Super 8mm, colorido
Dir. Natalia de Leon
Iemanjá encarna a desolação do luto. O trabalho obsessivo com filmes do arquivo familiar. Uma imagem obscurecida pelo desejo de vingança pelo passado perdido.
“Aceito o conflito trágico entre a vida que muda constantemente, e a forma, que a fixa imutável”
Texto de Tina Modotti
Pantano
2019, 6:07, Super 8mm/16mm, Color
Dir. Azucena Losana
Durante a temporada de chuvas, após vários dias de tempestades e ventos furiosos, chega o momento da calmaria. Os animais saem de suas tocas para se secarem e começa a coleta de cogumelos. Alguns são cortados para consumo e outros permanecem aderidos às superfícies.
Litoral
2014, 7:40, 8 mm, Color
Dir. Lujan Montes
A trilogia Forças é um exercício de contemplação das tensões entre figuras, formas e cores dispostas aleatoriamente, a partir de múltiplas sobreposições de imagens. Litoral foi o primeiro trabalho que realizei relacionado a essa pesquisa. Na obra, busquei contrastar o movimento, a luz e a cor de dois espaços percorridos por um mesmo sujeito observador. Uma viagem no Delta. Uma viagem em uma autoestrada. Ambos se fundem sob um extremo ralentí das imagens.
Mborai hú kaný
2022, 3:44, 16 mm digitalizado - Cópia com impressora óptica, P&B
Dir. Teresa Puppo
A performer, Diana Blanco, é descendente de charrúas. Podemos ver sua imagem, podemos ver que ela fala, mas não podemos ouvir sua voz. Ouvimos fragmentos do poema “O amor extraviado”/ “Mborai hú kañý” em guarani e espanhol. Vozes sobrepostas, imagens sobrepostas. Me interessa trabalhar o áudio sobreposto, o eco, para metaforizar o repetido milhões de vezes através da educação sentimental. A maioria dos uruguaios assegura que o Uruguai é um país sem índios, povoado por descendentes de imigrantes. Os descendentes de indígenas foram invisibilizados.
A hora do chá
2016, 6:28, Super 8, P&B
Dir. Luciana Foglio
Jogo de sombras na hora do chá, inspirado na atmosfera do cinema mudo.
CAIDA
2019, 3:11, Super 8, P&B
Dir. Melisa Aller
Lançada ao declínio superior.
A gravidade do corpo. Este corpo. E a queda.
Em seguida, eu o agito
em uma dialética imprecisa. Gerando interrupções
Para me unir ao verdadeiro.
Histéresis
2020, 2:33, Super 8 intervenido digitalmente, P&B
Dir. Ana Villanueva
A continuidade de um discurso que multiplica sua materialidade. Uma mulher entra em cena e percorre o quadro, sem saber que os limites do enquadramento se transformam em sua própria armadilha. A continuidade da multiplicidade sucessiva e excessiva dessas mulheres representa a memória que transita entre o passado e o futuro, em um devir constante. O trânsito do diferente gira em direção ao homogêneo e começa a crescer o sentimento do mesmo, do idêntico. O espaço e o movimento, os vazios na memória que se enchem até invadir tudo, para depois se esvaziar completamente. O corpo se torna efêmero, e o questionamento sobre nossa existência adquire um peso revelador.
O trauma de ser vaso
2021, 0:43, Super 8, P&B
Dir. Elena Solis
A ideia começou como uma reflexão pessoal sobre a expressão do meu gênero dentro da narrativa social e da estrutura heteronormativa, onde as mulheres servem como recipientes para seus parceiros, amizades e familiares. Este costume aprendido e arraigado é sentido como uma ferida profunda, um trauma. Daí surgiu a ideia de fazer um vídeo com a ação de ruptura sobre a forma que eu dava ao meu trauma: o vaso.
Realidad
2012, 1:14, 16 mm, P&B, digitalizado
Dir. Macarena Cordiviola
Este curta-metragem baseado na frase do poeta argentino Leónidas Lamborghini "A realidade é um espelho embaçado", faz alusão à protagonista de Lewis Carrol e ao filme de Beckett no conceito.
A realidade corta de uma vez a premissa Esse est percipi, que se ergue como um imperativo impossível de sustentar - especialmente para mulheres e dissidências sexuais.
A atriz não quer ser observada; então, eclipsa a lente, denuncia o aparato de base.
Outra frase de um experimental da música marcou o ritmo da montagem e a sonorização, dando forma final a esta peça-minuto.